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DIVERSE participa de debates sobre justiça climática

  • Published: Friday, 14 November 2025 15:49
  • Last Updated: Monday, 24 November 2025 15:49

A Universidade Federal do Pará (UFPA) sediou, nos dias 9 e 14 de novembro, duas etapas do evento “Solidariedade Sul-Sul para Adaptação com Justiça Climática”, reunindo lideranças do Sul Global para discutir financiamento climático, transição energética e protagonismo de populações historicamente excluídas dos processos decisórios. A Superintendência de Políticas Afirmativas e Diversidade (DIVERSE) esteve presente nos dois momentos, marcando participação ativa na construção de políticas de justiça climática com recorte antirracista.

No Capacit/UFPA, houve a primeira etapa, no dia 9 de novembro, com a inauguração do Espaço Zélia Amador de Deus, dedicado ao legado da professora emérita referência nacional e internacional na defesa dos direitos das populações amazônicas. A professora Zélia Amador de Deus, titular da DIVERSE, esteve presente na cerimônia, defendendo em sua fala um horizonte político baseado na luta antirracista.

Como afirmou: “A luta antirracista não é apenas uma luta pela igualdade. É o ponto de partida para que a igualdade possa, um dia, existir. Nenhum sonho de justiça ou equidade é possível sem o combate ao racismo”.

O encontro reuniu lideranças da África, Caribe e América Latina para discutir o papel do Sul Global na formulação de instrumentos financeiros que rompam desigualdades históricas.

Participantes destacaram que adaptação climática não deve ser vista como filantropia, mas como obrigação política dos países responsáveis pelas crises ambientais. Um dos destaques foi a fala do diretor executivo da Pan African Climate Justice Alliance (PACJA), Mithika Mwenda: “Adaptação não é caridade, é justiça climática. Financiar a resiliência não é opcional, é uma obrigação.”

Mulheres e territórios

A segunda etapa do evento ocorreu durante a Cúpula dos Povos, no Dia das Mulheres da COP30, retomando as discussões iniciadas no dia 9 para colocar mulheres e populações periféricas no centro da governança climática. A participação da DIVERSE no debate ocorreu por meio da professora Isabel Cabral, que integrou mesa de diálogo sobre conexões entre ciência, saberes comunitários e transição energética justa.

Os debates reforçaram que a adaptação climática depende de estratégias feministas, antirracistas e territorializadas. Durante o painel, Dulce Maria Pereira, presidenta do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), ressaltou a urgência de mudanças estruturais na distribuição de recursos: “O Sul Global deve participar da formulação dos instrumentos financeiros, e não apenas da execução dos projetos”.

Além disso, Gisele Brito, do Instituto Peregum, alertou para o risco de reforço de desigualdades caso o financiamento climático ignore recortes estruturais: “Sem isso, os recursos destinados à justiça climática podem acabar reforçando o racismo ambiental que deveriam combater”.

As discussões demonstraram a centralidade das mulheres negras, amazônidas e periféricas na construção de soluções que defendam territórios, fortaleçam comunidades e repensem o papel das políticas globais de adaptação.

* Com informações da Ascom UFPA e Afro TV

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