Comunidades ribeirinhas entregam cartas de apoio à reserva de vagas na UFPA
Foto: Assessoria DIVERSE
Representantes de povos e comunidades tradicionais do Pará, acompanhados por entidades sociais, realizaram a entrega oficial das cartas de apoio ao pedido de criação de reserva de vagas na Universidade Federal do Pará (UFPA). A cerimônia ocorreu nesta terça-feira (18), reunindo grupo formado por lideranças de diversos municípios da Amazônia.
O movimento tem como objetivo reforçar a importância da medida como política de equidade e justiça social. Para os proponentes, garantir a presença de estudantes oriundos das comunidades tradicionais na universidade é um passo essencial para combater a invisibilização histórica e assegurar o direito de acesso e permanência no ensino superior.
A vice-reitora da UFPA, Loiane Prado Verbicaro, destacou que a proposta se insere no debate sobre o futuro da instituição em diálogo com os desafios amazônicos. “Essa pauta vai ao encontro da nossa preocupação, que é pensar a Amazônia, pensar o desenvolvimento e inclusão social dos povos que aqui vivem. Nós recebemos, com muita emoção inclusive, essas assinaturas, mostrando toda essa mobilização”, afirmou.
O reitor Gilmar Pereira da Silva também reforçou a abertura da universidade para ouvir as demandas. “Estamos aqui para conversar sempre”, disse, ressaltando que a UFPA já tem mais de 70% de estudantes autodeclarados pretos e pardos, índice que considera motivo de orgulho.
DIÁLOGO - Segundo ele, o próximo passo é construir conjuntamente a proposta. “Espero que a gente module uma forma de inclusão dos estudantes, que são na verdade populações tradicionais”, observou, lembrando da importância de definir claramente o conceito de ribeirinhos para que a política atinja de fato o público-alvo.
Como encaminhamento, o reitor propôs a formação de um grupo de trabalho para dialogar com a Superintendência de Políticas Afirmativas e Diversidade (DIVERSE/UFPA) e dar continuidade às discussões e ao desenho de uma política de ingresso.
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