Seminário destaca perspectivas da assistência e acessibilidade estudantil
A Pró-Reitoria de Assistência e Acessibilidade Estudantil (PROAES/UFPA) promoveu, no dia 13 de agosto, o 4° Seminário de Assistência e Acessibilidade Estudantil da UFPA. O encontro reuniu representantes das Divisões de Assistência Estudantil (DAEST) de diversos campi paraenses, com o objetivo de debater e fortalecer as políticas de permanência e inclusão dos estudantes na Universidade.
A programação incluiu mesas e discussões sobre os desafios atuais e as perspectivas da assistência e da acessibilidade, criando um espaço de escuta qualificada e de troca de experiências.
Entre os principais desafios para a permanência estudantil, foram destacados entraves que vão além da dimensão financeira. A permanência simbólica, que envolve a efetiva integração dos estudantes em todos os aspectos da vida acadêmica, ainda esbarra em situações de preconceitos, exclusões internas e externas, além de práticas discriminatórias e racistas.
Outro ponto debatido no seminário foram as dificuldades de aprendizagem, identificadas tanto em atendimentos quanto na literatura. Entre elas estão: a dificuldade em compreender conteúdos e aplicar fórmulas durante as aulas, limitações no uso de computadores, problemas de produção textual e impactos da precariedade da educação básica.
Também foram relatados entraves relacionados aos procedimentos metodológicos dos docentes e, de forma ainda mais grave, situações de discriminação e racismo por parte de professores, técnicos e colegas que resistem à política de cotas. A dificuldade de inserção em grupos nas salas de aula foi mencionada como um dos fatores que reforçam a sensação de isolamento e desigualdade.
Foto: Assessoria DIVERSE
TRABALHO CONJUNTO
Representando a Superintendência de Políticas Afirmativas e Diversidade (DIVERSE), a professora Isabel Cabral destacou a importância do trabalho coletivo para avançar em ações concretas. “É essencial construir parcerias em todas as frentes”, afirmou.
Ela ressaltou que a UFPA está em discussão sobre formas de aprimorar os processos de seleção de docentes para o cumprimento da Lei de Cotas. Para Isabel, a diversidade no corpo docente é peça-chave para transformar a realidade estudantil.
A professora também chamou atenção para a necessidade de criar condições que favoreçam uma inclusão real dentro da sala de aula. Segundo ela, é preciso trabalhar para que estudantes indígenas, quilombolas ou estrangeiros não sigam isolados em grupos.
“Queremos que sejam incluídos naturalmente. Que os professores tenham tempo para trabalhar quando na classe tiver alguém que precise de material diferenciado. Que a gente tenha tempo para capacitação também. E que a gente não seja pressionado única e exclusivamente por produção acadêmica e científica”, pontuou.
*com informações da PROAES/UFPA
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