O Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Pará(UFPA) aprovou, por unanimidade, durante reunião realizada na última terça-feira, 28, a criação da Superintendência de Políticas Afirmativas e Diversidade (Diverse) e da Superintendência de Inovação e Desenvolvimento (SInD). As novas unidades administrativas vão assumir as atividades atualmente sob as responsabilidades da Assessoria da Diversidade e Inclusão Social (Adis) e da Agência de Inovação Tecnológica (Universitec), respectivamente.

Ao conduzir a reunião do Conselho, a vice-reitora da UFPA, Loiane Padro Verbicaro, parabenizou as equipes responsáveis pelos projetos aprovados e pelo trabalho desenvolvido à frente das unidades que serão substituídas e ressaltou, ainda, a importância dessa aprovação para a ampliação da atuação da Instituição no desenvolvimento de suas políticas de ações afirmativas e de inovação.

“Eu fico muito feliz por este momento, que eu considero histórico para a UFPA, de criação de duas superintendências importantíssimas em várias perspectivas e dimensões para a nossa atuação. O trabalho que será desenvolvido, pela nova Superintendência de Políticas Afirmativas e Diversidade é central para a realidade que vivemos hoje na Universidade, em que temos, como grande desafio, a permanência estudantil. Por sua vez, a  Superintendência de Inovação e Desenvolvimento também será importante para a ampliação da atuação da UFPA no âmbito da inovação científica, promovendo um diálogo maior com o setor privado”, destacou a vice-reitora.

Com aprovação do Conselho Universitário, agora as novas unidades administrativas da UFPA devem ter suas normativas, estruturas e respectivos regimentos internos também apreciados pelo Consun.

Diverse – A criação da Superintendência de Políticas Afirmativas e Diversidade busca aumentar o alcance e atuação do trabalho que já vinha sendo feito pela Assessoria da Diversidade e Inclusão Social, na promoção de políticas de ações afirmativas e de diversidade, em alinhamento com os objetivos constitucionais de erradicação das desigualdades sociais e da promoção da dignidade da pessoa humana e da equidade.

“A gente tem uma atividade intensa dentro da UFPA para formar a nossa comunidade acadêmica a fim de que ela trabalhe com a diversidade existente na sociedade e existente, particularmente, na região amazônica. É impossível uma universidade se afirmar, hoje, se ela não estiver consoante às questões da sociedade e consoante à formação dessa sociedade”, lembrou a professora emérita da UFPA Zélia Amador de Deus, que esteve à frente da Adis desde a sua criação. 

O aprimoramento das políticas institucionais de promoção da diversidade étnico-racial, de gênero, de orientação sexual e sociocultural, de modo a ampliar a eficácia e a abrangência dessas ações, principalmente para a formação de docentes, técnicos e discentes, está entre os principais motivos para a mudança de assessoria para superintendência. Assim, a Diverse passa, agora, a assumir o compromisso da Universidade com o atendimento das demandas da diversidade, com a responsabilidade de maior valorização dos saberes tradicionais e do acolhimento de grupos marginalizados, e a incentivar a interculturalidade no ambiente universitário, que são imprescindíveis para o fortalecimento de uma sociedade naturalmente diversa.

“A criação da Diverse responde a essa necessidade, alinhando-se aos princípios constitucionais de erradicação da pobreza e das desigualdades sociais, bem como a promoção do bem de todos, sem qualquer tipo de discriminação. A Diverse será um marco institucional da UFPA, sendo responsável pela promoção da inclusão, pelo combate a formas de discriminação e pela estruturação de políticas de apoio a estudantes, docentes e técnicos de grupos vulnerabilizados”, pontuou o relator Edson Gilmar da Mata Miranda em seu parecer.

Inovação e Desenvolvimento – A criação da Superintendência de Inovação e Desenvolvimento busca ampliar o alcance das ações que eram desenvolvidas no âmbito da Agência de Inovação Tecnológica (Universitec), de forma que a SInD agora seja a responsável pela implementação, execução e gestão das políticas de inovação da Universidade.  

“Em termos de organograma da UFPA, o que muda é que passamos de um órgão assessor para um órgão executor da instituição. Com isso, teremos mais autonomia tanto para propor quanto para realizar a Política de Inovação da UFPA. Dessa forma, poderemos criar e executar programas específicos para os temas de que tratamos, fazer parcerias, encaminhar à administração superior e aos conselhos regramentos sobre o tema da inovação, entre outras ações”, explica o professor Filipe Saraiva.

Entre outras atividades, a nova superintendência será a unidade responsável pela gestão das incubadoras de base tecnológica, pelo registro e acompanhamento de projetos de PD&I, pelo gerenciamento de parques científicos e tecnológicos e demais ambientes de inovação, pela proteção da propriedade intelectual e normatização das leis sobre inovação da Universidade, pela gestão da transferência tecnológica e pela articulação com diferentes atores dos ecossistemas de inovação (empresas, indústrias, órgãos governamentais e não governamentais). 

“A UFPA está buscando fomentar e aprimorar a cultura de inovação, garantindo que questões sobre proteção intelectual, transferência de tecnologia e empreendedorismo estejam alinhadas com os interesses institucionais e com a legislação vigente. Esta atuação fortalecerá a integração entre a Universidade, o setor produtivo e a sociedade, promovendo impactos econômicos e sociais positivos”, apontou o relator da proposta, Wassim Raja El Banna, em seu parecer.