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Zélia Amador de Deus recebe homenagem do Olodum, Troféu Ujamaa 2020

  • Published: Thursday, 13 February 2020 12:18
  • Last Updated: Thursday, 13 February 2020 12:18
Criado pelo Bloco Olodum, em 1986, para homenagear personalidades negras ou não, por destacada contribuição à defesa, preservação e promoção da cultura e das tradições afro brasileiras, o troféu foi entregue nesta quarta-feira, 22, à professora Zélia Amador de Deus, em noite de abertura do Festival de Música e Artes Olodum – FEMADUM, em Salvador, Bahia. 
 
Ativista do movimento negro e feminista no estado do Pará, Zélia Amador de Deus tem uma história de luta contra o racismo, defesa dos direitos de negros, mulheres, indígenas e quilombolas. Em sua trajetória fundou o Núcleo de Artes, hoje, Instituto de Ciências da Arte (ICA) da Universidade Federal do Pará, responsável por desenvolver projetos como o Auto do Círio. Dirigiu o Centro de Letras e Artes (CLA), atual Instituto de Letras e Comunicação (ILC) e foi vice-reitora da UFPA, onde hoje é Docente do Instituto de Ciências da Arte e coordena a Assessoria da Diversidade e Inclusão Social,  atendendo demandas de grupos que historicamente estavam de fora da universidade.


Em 2019, Zélia Amador de Deus também recebeu homenagens. No primeiro semestre, na 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, promovida pela Secretaria de Cultura do Estado do Pará,  em que ela lançou uma obra. E em novembro, quando recebeu o título de Professora Emérita outorgado pela Universidade Federal do Pará.

A homenagem do Olodum reconhece personalidades que, ao longo de suas trajetórias profissionais, tem contribuído com o desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade, imprimindo aos seus conhecimentos, descobertas, inventos/ criações, um corte étnico-racial, de modo a realçar a contribuição dos (as) africanos (as) e afros descendentes neste campo da atuação humana.

Em 2020, o tema de desfile do Bloco Olodum no carnaval será “Mãe, mulher, Maria – Uma história das mulheres”. Por isso, o Troféu Ujamaa do Femadum 2020, foi entregue em parceria com a Revista Raça Brasil exclusivamente para mulheres, em um total de 20 (vinte), do Brasil e do exterior, sendo esta, uma forma de contribuição para o fortalecimento da luta contra a violência em geral, contra o feminicídio em especial e, para a valorização e empoderamento feminino.
 

Já foram homenageados em anos passados, Mãe Stela de Oxossi, a Major Denise Santiago (criadora da Ronda Maria da Paz), Dadá (mulher de Corisco e do bando de Lampião), Harlem Désir (criador do SOS Racismo/França), Mestre Didi Alapini, o Mestre Neguinho do Samba (criador do ritmo do samba reggae), a ex-governadora do Rio, Benedita da Silva, o cacique Juvenal Payayá, o grande ativista negro Abdias do Nascimento e a Makota Valdina Pinto, além de mais de duas centenas de personalidades e instituições.
 
O que é Ujamaa

É uma palavra da língua suahili, uma das muitas faladas na antiga Tanganica, hoje Tanzânia.  Era um conceito utilizado por Juius Nyerere, líder da independência e primeiro presidente do país, para unificar o povo e promover o desenvolvimento econômico e social da nação e lhe imprimir uma identidade nacional. 
 
 
Texto: Luciana Medeiros/Holofote Virtual
Fotos: Alexandre de Moraes
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